Esses registros me deixam feliz por alguns motivos. Em 1989, havia um programa chamado DJTV na extinta Rede Manchete. Além de um apresentador negro, o que o programa propunha é que a música “nova” das rádios tivesse espaço. Num dos episódios, o EPK do primeiro álbum do De La Soul foi apresentado. A ideia de samplear trechos de discos de histórias infantis, de produzir música “eletrônica” numa garagem, com amigos de escola, era mágica. Os cortes de cabelo e o jeito (menos sisudo) do trio (e do produtor Prince Paul) me ganhou. Em 1999, com ajuda do mano Farofa (bka Sesper), fiquei de tradutor dos plugs. Desde então, via e-mail, BBM e mídias sociais, a gente deu um jeito de se manter conectado.

À esquerda, Pos, um dos meus MCEEs prediletos. À direita, meu irmão (Rappin Hood), responsável por me dar caminho pra desenvolver meus dotes musicais, numa espécie de continuação do que meus pais proporcionaram. Foi ele, via primo Natanael Valêncio, que apareceu com “o disco da capa colorida” lá em casa. De La Soul faz parte da minha vida faz tempo. É como o parente que mora longe e vem visitar, de vez em quando, trazendo boas novas. E tudo começa com o gesto de um irmão trazendo a novidade da rua pra dentro de casa. E assim como De La, a cultura mora lá, na vitrola, no discurso e no guarda-roupa de casa faz tempo. É preciso se apaixonar pelas palavras e batidas com a intensidade que o meu ser, a versão menino de 12 anos, se apaixonou. 

Pos, thank you for being one of my north stars of MCEEING (and producing). Shout out to Maseo. RIP to Dave. A short story: When you and Pos decided to go play ball with a few kids (+ Common and Truth Enola) before the Itaquera show in ‘99, as your translator (and a fan), I found it very funny and entertaining that you were so relaxed before hitting the stage, that having fun was the thing for y’all to do. There’s a lesson in that. Thank you, Dave. Thank you, Pos. Thank you, Maseo. Doing an interview with you for my videocast was an honor. Thank you, @wearedelasoul! 

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